site logo
 

PUBLICIDADE Fechar[x]

img

Apaixonadas por sapatos0 comentário

Moda e Beleza

Tamanho da fonte A A

Publicado em 02/05/2011 13:35


Afinal, o que explica a louca atração das mulheres pelos pisantes?

Por Flávia Guerra

Paula Toller, Cláudia Raia, Juliana Alves, Penélope Cruz e até Marilyn Monroe. O que essas mulheres tem em comum, além da beleza e da fama, em maior ou menor grau? Não é nem um pouco difícil de acreditar, mas essas beldades se declararam afixionadas por calçados, peça do vestuário com (grande) espaço garantido no armário. Isso, porém, não é novidade, visto que os sapatos são objeto de desejo de grande parte da população feminina. As que podem, compram aos montes. Que o diga a ex primeira-dama das Filipinas, Imelda Marcos, a mulher dos 3 mil pares de sapatos. As que não têm tantas condições assim, fazem o esforço necessário para aumentar a coleção. Mas, afinal, o que explica esse fetiche pelos pisantes.

Resumidamente, pode-se dizer que o sapato conta tudo sobre uma mulher, desde o momento em que a menina começa a calçar os acessórios da mãe, num gesto que representa a entrada em um mundo de aspirações e sonhos. Pelo menos é isso que pensa Paola Jacobbi, jornalista italiana, autora de Eu Quero Aquele Sapato! (Editora Objetiva). "Aquele sapato roubado, ainda que por poucos instantes, nos faz crescer, em todos os sentidos", acredita. Para ela, os calçados irão definir a mulher para sempre. Tanto é assim que, na fase adulta, a compra do primeiro par representa o início da definição da personalidade. "Eles denotam idade, estado de espírito, desejos para os vários momentos da vida e, até mesmo, do dia", diz em trecho da obra.

Na verdade, os sapatos são personagens importantes das mais tradicionais narrativas sobre mulheres, de Cinderela a Sex and the City. A personagem do conto de fadas, aliás, é considerada pelo designer brasileiro Fernando Pires, um dos mais renomados do ramo, como a maior culpada por essa obsessão. "Desde criança, as mulheres descobrem que, junto com o sapatinho de cristal e o salto alto, vem um príncipe encantado e um castelo", brincou ele em recente entrevista. Essa representação do gênero feminino por meio de seus calçados não chega a ser exagero. Em proporções diversas, quase todas as mulheres (e mesmo alguns homens) são apaixonadas pelo acessório, que pode ser protagonista de uma produção ou, às vezes, a primeira peça escolhida na hora de montar um look.

A preferência feminina por sapatos, independente do modelo, atinge da mais descolada à mais desapegada das mulheres. No Brasil, a média de sapatos nos closets femininos é alta. A pesquisadora Vanessa Tobias, da Universidade do Estado de Santa Catarina, fez um estudo com 448 mulheres de diferentes faixas etárias e classes sociais e descobriu que cada uma tem, em média, 34 pares de sapato. A empresa Azaleia encomendou pesquisa semelhante e descobriu que cada brasileira possui em média 11,8 pares de sapatos, sem levar em conta chinelos e sandálias de borracha. A comparação entre as duas pesquisas mostrou ainda que mulheres do Sul do país costumam ter um armário mais recheado, o que pode ser atribuído ao clima. No entanto, tem gente que não leva em conta frio ou calor na hora de adquirir mais um modelo.

Razão x emoção
Para a mulher, a compra de um novo par de sapatos está sempre envolvida em dois aspectos: a emoção e a razão. A ideia é sustentada pela psicóloga Cláudia Melo, que defende também a existência de fatores subjetivos conscientes e inconscientes, positivos e negativos, no desejo e na compra de sapatos. Essa atitude estaria relacionada à vaidade, à relação de liberdade de ir e vir, à relação com poder e prestígio, à expressão de alegria e conforto. "O salto alto, por exemplo, bem como o número de pares, pode ser visto como uma expressão de força", explica. O equilíbrio ao lidar com o aspecto da compra é que vai determinar se essa paixão pode ou não ser negativa.

Como tudo em excesso tende a se tornar patológico, a busca da harmonia ou equilíbrio interno e externo, consigo mesma e com o mundo à sua volta, deve permear a relação de consumo. "Devemos analisar, por exemplo, se vale a pena abrir mão do conforto e da qualidade de vida apenas para desfilar um modelo novo", diz. Para ilustrar, a psicóloga lembra uma situação vivida por ela mesma há alguns dias, quando passou horas sobre o salto resolvendo questões relacionadas ao início das aulas do filho pequeno. "Sai do escritório para comprar o material escolar. Ao chegar em casa, reclamei dor nos pés. Com toda sua inocência, meu filho questionou: Mãe, se o seu pé não é um triangulo, por que você usa esse sapato?", lembra.

Como qualquer outro acessório indumentário, o sapato deve estar combinado para realçar a beleza e, por conseguinte, atrair a atenção sobre a mulher. Para o psicólogo Luiz Gonzaga Pinto, especialista em sexualidade, a motivação sociológica para a utilização destes fetiches são as convenções da beleza e da feminilidade. Além disso, a peça está relacionado ao poder de sedução, como um embrulho da sensualidade, semelhante ao vidro do perfume "Os sapatos equivalem à roupa, ou seja, é o paradoxo da sedução, é o invólucro do pudor sexual", arrisca. Segundo Gonzaga, a mulher usa o acessório como um de vários instrumentos que faz permitir o exibicionismo necessário para ser conquistada pelo homem.

Seja como for, o calçado reflete o estado de espírito em cada dia, como bem descreveu a jornalista italiana em Eu Quero Aquele Sapato!. ''Na escolha do que calçar, você decide o que quer ser naquele momento'', teoriza a autora. O único problema parece ser mesmo o consumo desenfreado. "Tudo o que é exagerado sacia e torna o prazer volátil. Fazer coleção tanto pode ser prazeroso e saudável como pode ser uma válvula de escape para deixar escoar a tensão causada por privações", destaca o psicólogo Luiz Gonzaga. Assim, o que poderia ser saudável passa a ser patológico como se a pessoa fosse refém de uma vontade alheia. De forma saudável, porém, a paixão pelos sapatos reflete apenas uma atração irresistível. "Admiramos os sapatos e, quanto mais fascinantes, maior é o desejo de tirá-los, assim como sempre queremos tirar a roupa de nossa amada", finaliza o sexólogo.

Um modelo para cada ocasião

A figurinista, consultora de imagem e personal stylist Nazareth Amaral elegeu os calçados básicos de um guarda-roupa feminino. Com os 11 modelos abaixo, ela garante que qualquer mulher estará pronta para qualquer ocasião.

1) Escarpin preto de salto fino (de 8cm a 10cm) e bico fino. Serve para ocasiões importantes, como jantares, festas, reuniões e eventos.

2) Sandália de tira de salto fino (de 8cm a 10cm). Deve ser usada quando a intenção é arrasar em festas, eventos e jantares. A cor pode variar, mas é preferível garantir um tom neutro. “É bom lembrar que, para usá-las, os pés devem estar bonitos, saudáveis e com as unhas feitas”, adverte Nazareth.

3) Peep toe com salto (de 4cm a 8 cm). Ideal para o trabalho e compromissos importantes. É elegante e funciona com saia ou calça.

4) Peep toe modelo sapatilha. Confortável e elegante, pode ser usado no trabalho, mas deve ser evitado por mulheres muito baixas ou com os calcanhares muito grossos.

5) Anabela delicada de salto médio. Cai perfeitamente bem com saias evasês e vestidos.

6) Bota lisa, de salto baixo (estilo montaria), cor café, com o cano até a base do joelho. Serve para qualquer ocasião.

7) Sandália rasteirinha. Pode ser elaborada, de couro, com flores, pedrinhas ou strass.

8) Sapatilha fechada. É confortável e fica bem com shorts, bermudas, saias e calças mais justas na barra.

9) Tênis para esportes.

10) Chinelo delicado de borracha, estilo Havaianas.

11) Tênis de cano alto. Para caminhadas, neve, trilhas e outras aventuras.

 

PUBLICIDADE

img

Comentários

Deixe um comentário

Seu email não será divulgado

O autor do comentário é o único responsável pelo conteúdo publicado.

PUBLICIDADE

img

PUBLICIDADE

img

AGENDA

< >

img

Av. D, nº 419, sala 401, Ed. Comercial Marista

Goiânia - GO / CEP:74.150-040

[email protected]