A terceira mesa de discussão do Fórum Ambiental do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), edição 2014, terá a participação internacional da estilista Beth Doane. Empresária norte-americana e fundadora da marca Raintees, ela discutirá o Empreendedorismo de Moda Sustentável às 10 horas de sábado, dia 31 de maio, no Convento do Rosário, na Cidade de Goiás.

Beth pretende debater com o público do festival a importância da sustentabilidade e dos direitos humanos na indústria da moda. A própria história de como fundou sua empresa reflete a preocupação da estilista com o tema. Ela conta que, aos seus 20 e poucos anos, geria uma empresa de moda e teve a oportunidade de testemunhar como essa indústria é responsável por danos ambientais como a poluição e, também, aos direitos humanos. “Eu ouvi sobre casos horríveis de trabalho infantil e de jovens mulheres que sofrem com a exposição a produtos químicos durante o tingimento de jeans e camisetas. Mas eu sabia que tinha que haver uma maneira melhor para fazer roupas e, por isso, fundei a Raintees”, relata.

Com o lema Grow Hope (Crescer Esperança), a marca doa material escolar em mais de 20 países ao redor do mundo e ainda apresenta os trabalhos artísticos das crianças beneficiadas em seus produtos. Além disso, para cada produto vendido, uma árvore é plantada em uma floresta em situação crítica, já tendo totalizado cerca de 40 mil árvores desde a fundação da empresa.

A empresária explica que a maioria das pessoas compra roupas e acessórios sem saber da quantidade de químicos e toxinas envolvidos ou em qual país o produto foi feito, mas que precisamos nos conscientizar do impacto disso em nossas vidas e no mundo, mesmo que a produção ocorra a milhares de quilômetros de distância. “Quanto mais sabemos, mais podemos mudar o que está acontecendo. Cabe a nós colocar pressão sobre grandes varejistas para cuidar melhor do planeta e dos trabalhadores globalmente.”

Sobre o Fica 2014, Beth Doane conta que amou saber que o festival oferece uma programação multicultural, com cinema, música e teatro. “Isso aumenta a consciência sobre o que está acontecendo no nosso mundo ambientalmente nos dias de hoje”, relata a estilista, que se diz muito honrada em participar do Fica e de poder dividir um pouco de sua experiência profissional no Brasil.