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Comerciantes de vários segmentos participarão nesta quarta-feira (10), às 9 horas, de protesto em frente à sede da Prefeitura de Goiânia. O objetivo é solicitar a abertura do comércio na cidade, que, em sua maioria, está impedido de funcionar há 83 dias. O movimento "Salvem nossas famílias" pretende mostrar às autoridades que existe uma possibilidade de reabrir o comércio com segurança e critérios.

Com hotéis, pousadas, shoppings, lojas, centros comerciais, feiras especiais, bares e restaurantes impedidos de funcionar, milhares de trabalhadores perderam e outros podem perder seus postos de trabalho somente na Capital.

Grandes lojas, lanchonetes, bares e restaurantes, como o Frans Café, primeira cafeteria 24 horas de Goiânia, e o Saccaria, bar tradicional do Setor Marista, não resistiram aos quase três meses de fechamento e já anunciaram a paralisação de suas atividades. Segundo a Associação Empresarial da Região 44 (AER44), em três meses foram totalizados 20 mil desempregados. Já de acordo com a Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), foram 12 mil desempregados no setor. O Sindicato das Academias de Goiás (Sindac) informa o número de 5 mil desempregados e esses são apenas alguns exemplos apontados pela organização do movimento.

O mais trágico, porém, nem sempre é visto nas ruas, mas está acontecendo dentro das empresas, como nas academias de ginástica da Capital, que já anunciaram a dispensa de cinco mil funcionários. Na região da Rua 44, maior pólo de confecções do Centro Oeste, a situação é ainda mais grave, e, mesmo que as atividades fossem retomadas hoje, 20 mil funcionários já não teriam de volta seus empregos. (Veja quadro abaixo)

Segundo o assessor da presidência do Sindicado dos Empregados no Comércio Hoteleiro no Estado de Goiás, (SECHSEG), Antônio Carlos de Souza, assim como centenas de outros comerciantes, os donos de hotéis e pousadas já comunicaram que não terão mais como retomar as atividades.