Que os doces trazem alegria para muita gente, isso não é novidade. Agora travar um aplicativo com a venda de doces, isso a gente não vê todo dia e ocorreu aqui em Goiânia nesta sexta-feira (23). Foi o caso dos produtos da gastrônoma e confeiteira goiana Mariana Perdomo, que entraram na Black Friday do iFood por apenas R$ 1,99. O cliente podia escolher entre Torta de Pote Crema com Brigadeiro ou Cone Recheado. Um dia antes, a movimentação nas redes sociais já estava grande. Clientes ansiosos avisando os amigos e diversos comentários divertidos. Nem a limitação de duas unidades por cliente foi suficiente para diminuir a animação dos clientes com a promoção. Segundo a assessoria da empresária, em apenas uma hora foram recebidos milhares de pedidos, mas apenas nove foram entregues, em razão de problemas no sistema do aplicativo. O site fez contato com o aplicativo às 12h27, mas ainda não obteve retorno sobre o assunto.

Durante todo o dia, a empresária manteve atualizado o perfil da confeitaria no Instagram. Mostrou a tela do sistema de pedidos da confeitaria, a imagem da fila de motoboys, postou nota oficial de esclarecimento, pediu desculpas e gravou depoimento em vídeo detalhando tudo o que havia ocorrido e, o principal, que o cliente não teria prejuízo, pois as compras canceladas pelo aplicativo serão estornadas.

Confira a nota de esclarecimento: "Embora não seja responsável pelos transtornos ocorridos hoje com parte de nossa clientela, que encomendou produtos nossos oferecidos em promoção pelo aplicativo Ifood, pagou e não os recebeu, a Mariana Perdomo Confeitaria lamenta profundamente o ocorrido e pede desculpas a todos.

Esclarecemos que o iFood nos convidou a participar da promoção nas seguintes condições: nossos produtos seriam oferecidos a R$ 1,99 pelo aplicativo, que nos repassaria o mesmo valor que praticamos em nosso estabelecimento, responsabilizando-se, desta forma, pelo ônus da promoção. 

Após menos de uma hora de promoção lançada, o iFood recebeu milhares de pedidos, mas conseguiu atender a apenas 9 dessas. Diante disso, exigimos explicações a respeito e fomos informados que o aplicativo não possuía estrutura logística suficiente para o volume da demanda e que, além disso, seu sistema ficou fora do ar, em Goiânia, deixando-os sem contato com seus mobotoys.

Nossa equipe está absolutamente indignada e empenhada em resolver a situação. O iFood nos afirmou que estuda uma forma de fazer a entrega de cupons de R$ 1,99 a todos os clientes que pagaram e não receberam os produtos, de modo que estes possam, posteriormente, adquiri-los. Contudo, alega não dispor da estrutura necessária para promover todas as entregas num mesmo dia.

Asseguramos a todos que estamos acompanhando pessoalmente a solução apresentada pelo iFood e que, caso o aplicativo não honre o compromisso assumido, cuidaremos de garantir, nós mesmos, a entrega do produto comprado por nossos clientes pelo aplicativo e, posteriormente, adotaremos as medidas judiciais cabíveis no que concerne aos danos morais e materiais decorrentes desse lamentável episódio.

O que transtorna nossos clientes também é motivo de transtorno para todos nós, que nos empenhamos todos os dias para tornar sua vida mais doce e mais gostosa".

Mariana, que nasceu em Iporá (Goiás), tornou-se confeiteira quando buscava a sobrevivência em Goiânia. Começou a fazer bolos para vender na faculdade e logo agradou. Resolveu levar os seus bolos de pote para a feira do Centro Cultural Oscar Niemeyer. No primeiro dia, vendeu todas as unidades em poucas horas. Esse foi o estímulo para a jovem abrir sua confeitaria no Setor Bueno. O crescimento do negócio e a conquista dos clientes fiéis fizerem com que ela partisse para um sonho mais alto, o de abrir uma loja mais espaçosa e confortável, inaugurada em março deste ano.

Aos 24 anos, a empresária diversifica seus itens de produção, amplia o quadro de funcionários, inauguração iluminação de Natal em sua loja e já constrói nova fábrica de produção. No portfólio, bolo de pote, torta e bolo gelado, dentre muitos outros que fazem tanto sucesso com o consumidor.