Novamente, a mais tradicional festa de Goiânia bombou. A 16º edição da Festa da Fantasia recebeu seus convidados em mais alto grau de requinte e glamour. O palco da festa foi o Ginásio Goiânia Arena, que foi adaptado para receber dois públicos: a área premium ficou confortavelmente instalada dentro do ginásio, enquanto a área externa comportou o camarote golden. Ambientes requintadamente decorados com temas de dourado, paredes montadas com tecidos pretos e vários espaços diferentes, desde lounges a restaurantes, formaram o cenário do evento.

A confusão da chegada é a mesma de sempre dos eventos em geral na capital goiana: trânsito tumultuado e flanelinhas brigando para oferecer estacionamento. R$ 20 era o preço “tabelado” para deixar o carro nas proximidades do estádio Serra Dourada. Mas na entrada da festa, após a revista dos seguranças, um mimo para os convidados: os garçons os aguardavam com copos de bebidas geladinhas, enquanto belas modelos distribuíam bombons.

Mas a sensação da festa foi mesmo desfile de produção das fantasias. Teve tudo um pouco. Na categoria clássicas, destacam-se as de colegial, branca de neve, deusas gregas, noivos e noivas, super-heróis (batman, super-homem, mulher maravilha, mulher gato), cleópatras e faraós, personagens de desenhos animados (Penélope Charmosa, Fred Flintstone, Pedrita), dançarinas de Can-can, cowboys e cowgirls, presidiários, bombeiros, policiais, bailarinas, padres, freiras, pedreiro, jogadores de futebol, aeromoças, pilotos, havaianas, vaqueiros, entre tantos outros. Já as super produções ficaram por conta dos reis, rainhas e princesas que povoaram a festa e que não tiveram dó de gastar pano nas suas fantasias. Só o calor que deve ter incomodado um pouco.

Paula Rocha e Mabel Rocha foram fantasiadas de noivinhas. Tia e sobrinha, empresárias, se declararam solteiras e alegaram que não estavam ali a procura de noivo. “Dizem que se usar vestido de casamento antes da cerimônia dá azar, por isso a escolha da fantasia porque não queremos casar”, explica Mabel. Já o quinteto de padres liderados por Edson da Silva rezaram outra missa: “Somos da Igreja da Sagrada Farofa e viemos de padre pra não cair em tentação e pecar”. Tá bom, a gente sabe que pecado algum eles cometeriam naquela noite.

A categoria “novidades e estranhezas” desse ano foi liderada pelos Adocicas, representantes legítimos do amigo de Beto Barbosa, trajando paletó verde, sunga e pochete e fazendo aquela dancinha sensual do comercial da tv. Teve também gente vestida de loteria da Caixa, vendedores de beijo, mineiros chilenos resgatados, perfil do facebook, cerveja devassa e até uma moça totalmente nua, mas com o corpo pintado de cerejinhas.  O pecuarista Manuel Neto, que mora há dez anos nos Estados Unidos, disse que era sua primeira vez na festa e que tinha chegado naquele dia dos States. “Vim direto pra festa porque estava com saudade desse calor goiano. A festa tá linda, muito organizada e bem servida”, comenta segurando seu copo de bebida e festejando com amigos.

A publicitária Selva Tassara, acompanhada de seu marido Gustavo Ragonesi, fantasiados de freirinha e padre, elogiou o evento. “Ambiente agradável e seguro, estrutura confortável, apta para receber as pessoas previstas. Os setores do camarote estavam bem divididos, sinalizados e transitáveis, mesmo com o grande número de pessoas circulando. Ótimo acesso a comida e bebida. Única crítica corresponde aos banheiros. Embora bem distribuídos, pelo alto e diferenciado valor pago pelo ingresso, eles deveriam ter assessoria constante de higienização e limpeza”.

Essa era a opinião geral dos entrevistados do Arroz de Fyesta: aprovaram o ambiente, a música, bebidas, comidas, mas os banheiros foram reprovados. Já no quesito música, 100% de aprovação. A galera vibrou com o show de Leilah Moreno e depois se jogou até o sol raiar ao som dos Djs.

Eva Taucci para o site Arroz de Fyesta.