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Como Foi?

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Publicado em 11/08/2012 00:00

Foi Bom

“Já que ninguém te chama, sábado vamos à MISSA?”. Esse foi o bordão (ou um dos) da festa que agitou Goiânia no último sábado, dia 11. A festa M.I.S.S.A – Movimento dos Interessados em Sacudir Sua Alma, franquia que já percorreu outras capitais do país, como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Manaus, aportou em Goiânia com status de “show business”. Trio Ternura, que tem o ator global Thiago Martins no vocal, foi a grande atração da noite, que também contou com o renomado DJ Tartaruga.

A festa, que não tem a intenção de ser um culto da igreja católica apesar do nome, ganhou um capítulo judicial na sua edição goiana. A Arquidiocese de Goiânia encaminhou à Justiça, por meio do Ministério Público e obteve liminar do juiz Carlos Luiz Damascena, que proibiu a festa de fazer uso de símbolos católicos, a exemplo de vestimentas de padre e freiras e uso de cruzes, sob pena de multa de R$ 60 mil. Os organizadores rapidamente entenderam o recado e não se falou mais nisso. Na festa não houve qualquer item que pudesse remeter à Igreja.

A festa aconteceu num dos endereços mais nobres de Goiânia: Oliveiras Place. O Trio Ternura subiu ao palco era quase uma hora da manhã e de cara tocou sucessos que estão na boca da galera: Quero toda noite (Fiuk e Jorge Ben Jor), Ana Júlia (Los Hermanos), Assim Você Mata o Papai (Sorriso Maroto). Com a vibe lá em cima, Thiago Martins ressaltou que o “Trio Ternura é um grupo do Vidigal, favela da Zona Sul do Rio”, na tentativa de quebrar o estereótipo do ator global que monta uma banda. Ledo engano. As mocinhas continuavam frenéticas gritando por “Leandro”, personagem que o ator interpreta na novela Avenida Brasil.

E das baladinhas que estão tocando nas rádios, passando pelo funk do morro até o “segura o tchan” e o sertanejo do Tche tche re re tchê tchê e da Dodge Ram, o trio fez uma verdadeira miscelânea de estilos que agradou o público. Essa é a opinião da jornalista Lourdes Souza, que também ressaltou outros pontos da festa: “A festa me surpreendeu assim como a performance do Trio Ternura, que conseguiu manter o público animado do começo ao fim do show. A organização também merece destaque: as bebidas geladas e os petiscos quentinhos foram servidos durante toda a noite”.

Para a biomédica, Bianca Moura, 24, os quesitos comida, bebida e segurança ganharam um “like”. Porém, outros itens, não. “Eu achei a festa muito boa, apesar de achar a faixa etária do público um pouco abaixo do esperado. A entrada foi tranquila, sem tumulto. A segurança também foi efetiva. Espero a próxima”, diz.

Para a advogada Maria Clara Medeiros, 27, as festas de Goiânia não deixam a desejar para as que acontecem no eixo Rio-São Paulo. Mas, a produção local peca em realizá-las em locais que o acesso é problemático. “As ruas estreitas do setor Bueno não comportam o número de veículos em grandes eventos. Foi tumultuado, achei desgastante, principalmente por não ter local seguro para estacionar”, salienta.

Mixturado

Eram quase 3h30 quando o Trio Ternura se despediu do público goiano para a apresentação do DJ Tartaruga, que trouxe à pistas o seu badaladíssimo e eclético set "MIXTURADO" que, como o nome já diz, trata-se de um mix, uma fusão de ritmos que vão do house ao sertanejo, passando pelo hip-hop e Funk, flashback, samba-rock, MPB e música eletrônica.

“O Trio Ternura superou as expectativas, animou o pedaço!! E o DJ Tartaruga também abalou! Os táxis fizeram a diferença na saída da festa, pra quem optou por deixar o carro em casa e curtir uma balada responsável: tinham vários na porta do evento. Não houve dificuldade pra ir embora, o que a gente não queria é que a festa acabasse”, disse a sorridente psicóloga Jacqueline Amaral, na saída do evento.

Eva Taucci para a revista eletrônica Arroz de Fyesta.