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Entrevista: Rogério Flausino0 comentário

Entrevista

Publicado em 25/04/2016 20:49

 

Rógerio Flausino e seu irmão Wilson Sideral vão cantar Cazuza nesta terça-feira (26), às 19h30, no Flamboyant in Concert. Os ingressos para os setores Azul e Verde já estão esgotados, mas ainda dá tempo de garantir ingressos para o setor Vermelho. No repertório estão 16 sucessos de várias etapas da vida do artista e uma inédita, "Não Reclamo", canção de Wilson Sideral com poema inédito do Cazuza. Conversamos por WhatsApp com o Rogério sobre o projeto, sobre o atual momento político do país, sobre tocar em Goiânia, entre muitos outros assuntos. Aperte o play e confira!


Confira na íntegra




Como surgiu a ideia do show em homenagem ao Cazuza? Foi fácil escolher o repertório?

Pô, é isso aí, é um prazer falar com vocês, aqui é o Rogério Flausino, então, eu vou estar aí ao lado do meu irmão Wilson Sideral. Pra quem não sabe, a gente começou a toda essa história juntos, lá atrás, lá em Alfenas, no sul de Minas, quando a gente era moleque, e um dos projetos que a gente tinha era de cantar só Cazuza. Isso aqui há muitos anos atrás. Ainda nos anos 80, antes do Cazuza falecer. A gente sempre foi muito apaixonado pela obra dele e recentemente, por causa, enfim, desse amor muito grande que a gente tem, essa paixão pela obra dele, a gente resolveu retornar e retomar esse projeto de quase, sei lá, 30 anos atrás, 25 anos atrás, que é tocar Cazuza. O repertório é sempre muito difícil fazer, porque a obra do Cazuza é vastíssima, apesar do pouco tempo de produção, juntando tudo que ele fez ao lado do Barão Vermelho e depois na carreira solo, são inúmeras músicas. Então não é fácil fazer esse repertório, mas a gente acha que pinçou, dentro desse espectro, um pouco de cada fase do Cazuza e a gente toca 16 canções no show, enfim, os maiores sucessos, os grandes sucessos do Cazuza estão no repertório, as pessoas podem ir pra lá tranquilas de que a gente vai cantar muito junto e se emocionar demais!


Conte pra gente sobre a inédita "Não Reclamo", um poema do Cazuza que foi musicado pelo Sideral

Ah, então, essa canção "Não Reclamo" foi composta pelo Sideral. Essa letra é uma das 65 letras inéditas que o Cazuza deixou postumamente. Em 2001, a mãe do Cazuza, a Lucinha Araújo, lançou um livro com todas as letras do Cazuza, incluindo essas 65 letras inéditas. Uma dessas letras inéditas é esse poema que chama "Não Reclamo", que foi musicado pelo Sideral e ele fez uma canção linda. O Jota também já fez uma canção, uma letra inédita do Cazuza, que chama "O Amor é Brega", que ainda não foi lançada. Existe um projeto de que se lance um álbum especial do Cazuza, sendo musicado por vários artistas, vários compositores, só com canções, só com letras inéditas, com poemas inéditos, baseados nessa obra que foi deixada. A gente também está atento a isso, pra que a gente possa ajudar que esse álbum saia mesmo, né? Pra gente poder ter mais um pouquinho de Cazuza, mesmo ele não estando aqui com a gente.


Cazuza sempre se posicionou socialmente e politicamente e as suas letras refletiam as suas opiniões. Como tem sido apresentar o show neste atual momento político que o país está passando?

Pois é, é sempre bom a gente ter ao nosso lado canções fortes, com mensagens fortes e profundas como é o caso da obra do Cazuza. E realmente, cantar canções como "Ideologia", o "Blues da Piedade", "Brasil", "O Tempo não Para", nesses momentos em que a gente está vivendo são de uma carga realmente absurda, assim. Muito emocionante, mexe com o brio da gente, mexe com as profundezas da nossa querência, de ter um país melhor, de poder ser mais bem representado, representado por pessoas que realmente querem o bem do país, o bem da comunidade e não o seu próprio bem. Realmente a gente está vivendo um momento muito diferente, muito forte da história brasileira. Eu tenho 44 anos, meu irmão tem três anos a menos que eu, o Sideral, a gente está aí na batalha danada, trabalhando pra caramba, a gente vive de música, trabalha com música. Não acho que o nosso trabalho seja mais ou menos difícil ou árduo que qualquer outro trabalho. Acho que todo brasileiro hoje tá numa batalha danada pra conseguir sobreviver, pra conseguir cuidar da sua família, conseguir conviver bem em sociedade e tudo mais, e diante de todo esse circo, essa cena que está aí. Porém, eu ainda sou um cara bem otimista e acho que toda crise, ela antevê um tempo melhor. Então eu espero que toda essa mobilização social que a gente está vivendo agora em cima dos problemas do nosso próprio país são para um futuro melhor. Enquanto isso, a gente canta e emociona e se emociona com as canções. No caso desse show especial, com as canções do Cazuza.


Como você faz para conciliar a carreira entre o Jota Quest e os seus projetos independentes?

Então, a correria é muito grande. Na verdade, esse projeto do Cazuza é talvez o primeiro projeto oficial que eu esteja fazendo paralelamente. Eu tive uma fase que toquei como DJ, fiquei tocando alguns anos como DJ e é sempre muito puxado. O Jota Quest, a gente trabalha muito lá na banda, né? Estamos sempre trabalhando, sempre correndo atrás e esse lance do Cazuza agora é que eu comecei a fazer com o Sideral, porque eu estava com saudade de encontrar com ele no palco, a gente cantou junto por muito tempo. Sempre que a gente se encontra a gente faz alguma coisa e a gente estava se prometendo um projeto. E aí veio essa coisa do Cazuza, que bateu muito forte pra mim, pra nós, no ano passado, quando eu conheci mais profundamente a Lucinha Araújo, mãe do Cazuza. A gente teve uma conversa muito legal. Uma não, várias conversas muito legais. Eu fui lá conhecer a Sociedade Viva Cazuza e tudo isso mexeu demais comigo e aí eu chamei o Sideral e falei "velho, acho que está na hora da gente trazer de volta aquele projeto, vamos fazer uma parada de Cazuza" e ele "pô, demorou" e aí ele tem uma banda muito legal, ele é o produtor musical do espetáculo, ele foi lá, ensaiou, criou os arranjos, eu cheguei só com a minha "vozinha" e me envolvi com a parada, a gente ensaiou bastante e fizemos o primeiro show aqui em Belo Horizonte, em outubro, em homenagem à minha mãe, inclusive, que ainda estava aqui com a gente, agora ela está na área vip, e foi muito emocionante e esse show no Flamboyant é o segundo show do projeto Cazuza que a gente vai fazer.


No ano passado, o Jota Quest abriu a temporada 2015 do Flamboyant in Concert. Como é voltar a tocar no projeto em Goiânia?

Pois é, é um enorme prazer voltar ao Flamboyant. O nosso show aí no ano passado foi simplesmente sensacional! Foi um dos melhores shows em Goiânia que a gente fez nos últimos tempos e foi muito bom, muito, muito bom. Tanto que o pessoal resolveu, bom, talvez o fato de estar indo aí com o Wilson é um pouco isso, porque o shopping não poderia, não gostaria de repetir e tal e a gente entende isso totalmente, foi quando o pessoal da organização ficou sabendo desse espetáculo especial que a gente está fazendo do Cazuza e nos convidou e a gente ficou muito feliz e prontamente aceitamos o convite e estaremos aí na terça-feira. Eu acho um jeito muito legal de fazer show, eu acho que o espaço é bacana, é um espaço controlado, é mais cedo, é uma coisa muito para as pessoas irem curtir música mesmo, sem aquela loucura de uma balada, é uma coisa pra gente curtir música mesmo, pra gente se entregar aquela parte musical da coisa. Por isso que eu estou muito satisfeito de estar indo aí, acho que vai ser mais uma noite muito legal, muito importante, que a gente não vai esquecer, né? Muito legal!


Gostaria de convidar os leitores do site Arroz de Fyesta para o show?

Claro, claro! Então é isso aí! A todos os leitores do Arroz de Fyesta, fica aqui um convite final do Rogério Flausino e do Wilson Sideral, os dois irmãos que estarão fazendo juntos aí, na terça-feira, no Shopping Flamboyant, esse show especial cantando a obra de Cazuza. Está todo mundo mais que convidado. A gente se vê lá, terça-feira. Valeu!


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