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Acieg propõe mercado comum do Brasil Central0 comentário

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Publicado em 29/08/2024 00:57

 

Foto:Cristiano Borges


Proposta apresentada pelo presidente Rubens Fileti, da Acieg, entidade realizadora da Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central, recebeu apoio do governador Ronaldo Caiado e prevê mais atribuições, autonomia e integração entre os estados do Consórcio Brasil Central para criação de políticas econômicas e maior convergência empresarial para os próximos cinco anos.


Os sete estados que compõem o Consórcio Brasil Central deram um importante passo para a consolidação do bloco enquanto potência econômica do País, a partir da realização do Fórum dos Governadores dos Estados integrantes (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Rondônia, Tocantins e Distrito Federal), durante a abertura da Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central (Ficomex), realizada nesta quinta-feira (28/08), no Centro de Convenções de Goiânia. Com a proposta do presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, que de imediato recebeu apoio do governador Ronaldo Caiado, os governadores deverão deliberar sobre a possibilidade da criação de um mercado comum do Brasil Central, idealizado a partir da formação de um bloco econômico público-privado, com a participação do fórum empresarial dos estados membros, para o desenvolvimento regional e do País.


“Precisamos de um bloco econômico do Brasil Central com urgência. Nossas economias dobram a cada dez anos, mas nosso modelo de condução é ainda individualista e desconectado. O Consórcio é uma grande vitória, uma raiz dessa organização institucional em prol do mercado comum do Brasil Central, que poderia atuar na coordenação de políticas públicas integradas dos Estados membros e com autonomia dos mandatos – com o foco no desenvolvimento regional”, considera Fileti.


Ele sugeriu que a partir da Ficomex seja redigida a Carta de Goiânia, um memorando de entendimento assinado pelos sete Estados, para que em seis meses um grupo de estudos, com agentes privados e públicos, debatam a evolução do Consórcio. “Trata-se da criação deste bloco econômico, com mais atribuições, autonomia e plano de trabalho de integração e criação de políticas econômicas e maior convergência empresarial para os próximos cinco anos. É um marco que a Ficomex quer propor e um legado que só homens públicos diferenciados como os governadores que estão hoje na condução deste consórcio poderão deixar.”


O governador Ronaldo Caiado, que preside atualmente o Consórcio do Brasil Central, recebeu a sugestão e ampliou o debate ao sugerir a criação não só do bloco, como de uma Bolsa de Valores de Commodities do Consórcio Brasil Central para definir critérios de preços e de comercialização, semelhantes a bolsas internacionais, uma vez que estes estados representam a maior parte da produção brasileira de itens agrícolas, pecuários e minerais. “Historicamente, fomos precedidos por pessoas de visão, como os portugueses que expandiram o território a partir do Tratado de Tordesilhas e JK, que enfrentou os políticos da época para trazer o desenvolvimento para o interior do Brasil, com a visão de que o futuro passa pelo crescimento de outras partes do país, como os estados do nosso Consórcio. A partir da união de potencialidades e capacidade de interagir melhor, temos como atuar de forma conjunta para que nosso Consórcio atue como alternativa para o desenvolvimento do País”, ressaltou.


Na oportunidade, o governador Ronaldo Caiado assinou um protocolo de intenções entre o Governo de Goiás, por meio da Secretaria-Geral de Governo (SGG), com o Porto de Açu e a Prumo Logística para a troca de informações e a realização de pesquisas para a eficiência do setor de cargas e logística do Estado.


Aproveitando o momento, os governadores dos estados que compõem o bloco destacaram as potencialidades de cada unidade federativa e falaram sobre desafios e oportunidades do bloco, durante a abertura, apresentando pontos fortes que podem ser melhor aproveitados para o desenvolvimento integrado do Consórcio.


Distrito Federal: A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, ressaltou a importância de Brasília como centro poderoso de gestão para o desenvolvimento do Centro-Oeste e do País, como um todo. “Usamos, ainda, pouco da capacidade que temos perante as oportunidades existentes. Há grupos de negócios importantes de diferentes setores que podem abrir mercados a serem explorados pelos nossos Estados”, afirmou.


Rondônia: O governador de Rondônia, Marcos Rocha, fez uma apresentação do Estado, enfatizando aspectos econômicos e sociais, incluindo a grande quantidade de abertura de negócios, que impulsionam a economia e o desenvolvimento da região. “Temos destaque nas produções de tambaqui, investindo em manejo e rastreabilidade, bem como do café, que é destaque na nossa pauta de produção. E conseguimos desenvolver o aspecto econômico, pensando em sustentabilidade e na logística, com a abertura de vias de escoamento pelo Chile e Peru”, disse.


Mato Grosso do Sul: O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, ressaltou o posicionamento estratégico do bloco e a aptidão do Estado na atração de indústrias fortes, a exemplo da cadeia da celulose. “Temos muito a avançar na parte logística, mas já temos em construção cinco novas rotas de escoamento, por parte do Governo Federal, das quais três passam pelos estados que compõem o Consórcio Brasil Central, além do potencial de hidrovias, como a do Rio Paraguai, que deve ser melhor aproveitado”, pontuou.


Mato Grosso: O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, lembrou que o mundo tem grandes desafios pela frente ligados à segurança alimentar, à transição energética e à segurança climática, e que o Brasil hoje consegue ser potência nos três temas. “Esses desafios precisam ser encarados de maneira diferente e o Consórcio Brasil Central tem grandes perspectivas, uma vez que podemos aumentar nossa produção, por exemplo, ao mesmo tempo em que geramos emprego e renda”, reforçou.

Maranhão: O governador do Maranhão, Carlos Brandão, fez um contraponto ao destacar que além das commodities o bloco precisa cada vez mais agregar valor à produção. “No nosso estado estamos trazendo novas plantas industriais para produzir etanol de milho, por exemplo. Lembrando ainda que o Maranhão tem um importante porto que é o Porto de Itaqui, que faz ligação com ferrovias e tem saída para as principais rotas marítimas mundiais, um grande potencial a ser aproveitado”, assegurou.


Tocantins: O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, lembrou ainda da pauta de desenvolvimento econômico aliado à sustentabilidade, uma vez que o Estado integra além do Consórcio Brasil Central, o Consórcio da Amazônia. “Vivenciamos recentemente uma crise relacionada às queimadas que mostra que precisamos atuar de forma conjunta para crises ligadas à sustentabilidade. Somos o estado mais jovem do país, que tem melhorado seus indicadores, e podemos contribuir com todo o bloco”, afirmou.


Goiás: O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, finalizou a fala dos governadores destacando ainda os avanços do Estado em diversas áreas como a segurança pública, a oferta de serviços digitais, os índices de educação e a regionalização da saúde. “Queremos ampliar essas conquistas para todo o bloco, como uma política pública que considere a qualidade de vida das pessoas”, finalizou.

 

 

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