Equilíbrio na rotina da mulher é tema de roda de conversa | 0 comentário |
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Publicado em 13/03/2020 17:30
No próximo sábado (14), a partir das 9h, o Órion Shopping recebe o público feminino para mais um evento de bem-estar, promovido pelos profissionais de saúde que atendem no complexo. A psiquiatra e psicoterapeuta, Elen Cristina Batista de Oliveira, organiza a segunda edição do evento Roda de Conversa, em parceria com uma equipe multidisciplinar. Aberto ao público feminino, o objetivo é abrir espaço para que as mulheres compartilhem e soluções para uma rotina que normalmente é estressante para elas. O próprio Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já quantificou que elas trabalham muito mais em casa: em média, 21,3 horas semanais são dedicados aos afazeres domésticos; os homens só empenham 10,9 horas.
“É difícil lidar com o multipapel. Ser mãe, dona de casa, esposa, trabalhadora. É assumir os múltiplos papéis e em determinados momentos ter que abrir mão de um em detrimento de outro”, explica. Segundo a organizadora, antigamente era comum a depressão por melancolia e de pessoas que se sentiam esvaziadas, mas atualmente assumiu as facetas da ansiedade. Um desses efeitos é crescimento da Síndrome de Burnout, transtorno ligado ao esgotamento. Segundo os dados da Secretaria de Especial de Previdência e Trabalho, na comparação entre os anos de 2017 e 2018, o crescimento de afastamentos ao trabalho ligados ao problema mais que dobrou, chegando a 114,80%.
As mulheres são alvo crescente do transtorno, especialmente em razão do acúmulo de atividades. “É um esgotamento físico e mental. São situações que exigem mais do que a sua capacidade, tanto no trabalho, quanto em casa.” Elen acrescenta que é importante que as mulheres reconheçam que nem sempre são super-poderosas. “É importante encontrar um ponto de equilíbrio, afinal, são dois pólos: o da fragilidade e do empoderamento exacerbado. Temos que reconhecer que, em certos momentos, precisamos entender que não conseguimos arcar com todas as responsabilidades da vida e que é necessário dividir para não gerar sobrecarga”, reitera.