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Igreja em Pilar de Goiás será reaberta no domingo0 comentário

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Publicado em 04/09/2019 09:05

 

A Igreja de Nossa Senhora das Mercês, em Pilar de Goiás, será reaberta neste domingo (8), às 14h, após a conclusão de obra de restauração. A igreja foi construída entre 1783 e 1824 em estilo colonial e é considerada uma verdadeira relíquia do século XVIII. Erguida por escravos e pardos, o templo católico é um monumento tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Nacional (Iphan) desde 1980, e tem mantido como poucas ermidas (capelas de pequenas dimensões) suas características coloniais por quase 250 anos.

 

O projeto arquitetônico e a execução das obras da Igreja são iniciativa da Associação de Obras Sociais da Diocese de Uruaçu, que propôs tal projeto ao Fundo de Arte e Cultura do Estado de Goiás, na modalidade “Restauro de Bem Material”, por meio do Edital 7/2016. Além da verba do Fundo, as obras contaram com o apoio do Iphan, e tiveram realização da Arte Plena, da Anamaria Diniz Arquitetos Associados, da SDF Arquitetura e Engenharia e da Diocese de Uruaçu.

           

O grupo de trabalho foi formado por equipe de proponentes, pela produtora cultural Wanessa Cruz Bezerra, por Sandro Torres, da Arte Plena Produções, pelas arquitetas e urbanistas Marisa dos Santos Assumpção e Anna Carolina Cruz, e sua equipe de estagiários Luiz Felipe Teixeira, Renata Laborão e Bruno Borges, coordenados pela arquiteta e urbanista Anamaria Diniz. O projeto de estrutura de madeiras foi elaborado pelo escritório Hirata Associados, sendo consultadas empresas especializadas para as determinadas esferas de assuntos.

 

A empresa responsável pela execução das obras de restauro foi a SDF – Arquitetura e Engenharia, com a equipe técnica os arquitetos e urbanistas Pedro Batista dos Santos, Camila Dias e Santos, Elisberto Felicio Rezende e os engenheiros Allan Batista Parreira e Pedro Guilherme Dias e Santos, além do encarregado geral dos serviços técnicos, Paulo Roberto Aguiar.

 

Todo o apoio durante a elaboração dos projetos e execução da obra junto à comunidade local foi realizado pelo padre Beneval, da Paróquia de Pilar de Goiás. 

 

Antes do restauro, a Igreja apresentava danos que necessitavam de intervenção para conservação imediata e urgente, para evitar a progressão de patologias e problemas estruturais graves, que além de muito mais caras, são sempre mais invasivas ao bem tombado. A etapa inicial dos projetos foi a de levantamento de dados históricos e documentais existentes sobre o imóvel no acervo do Iphan e em outros arquivos públicos.

 

Todas as informações foram consideradas para uma análise crítica, via cruzamento de resultados com o mapeamento de danos atualizado e exames científicos. O conceito proposto para o projeto de restauro da Igreja de Nossa Senhora das Mercês foi o de intervenção de caráter conservativo, que reconhece e mantém algumas intervenções arquitetônicas anteriores, e propõe estudos e saneamento das patologias e danos, intervindo, basicamente, para remover e/ou substituir somente o que trouxer danos à conservação do imóvel, e o que descaracterize a arquitetura do século XVIII.

 

As alterações reconhecidamente contemporâneas e que não ofereciam riscos à construção ou a seus materiais e métodos construtivos foram mantidas. Foi necessário a execução de reforços estruturais importantes, intervenções nas argamassas internas e externas, pintura do imóvel à base de cal e projetos técnicos prediais. Os esteios em madeira foram bastante atacados por cupins e fungos e, além disso, grande parte dos reforços executados já nem existiam, restando só parafusos metálicos e resinas no local.

 

O escritório de engenharia a cargo do projeto de estrutura, após prospecções nas paredes, confirmou que as alvenarias eram em pedra, corrigindo então relatos verbais de mais de 60 anos que afirmavam que a alvenaria era de taipa de pilão. Essa é a maior contribuição da equipe técnica: reescrever a história do processo construtivo da Igreja das Mercês de Pilar de Goiás. Como os recursos financeiros aplicados por meio do edital foram restritos, ainda é necessário que haja projetos complementares para o restauro da talha do altar entre outros, para melhor preservação da Igreja.

 

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