Entrevista: Léo Maia fala sobre show em Goiânia | 0 comentário |
Entrevista
Publicado em 11/08/2019 21:48
O cantor Léo Maia, filho do Tim Maia, irá apresentar em Goiânia o show "Baile do Síndico", na sexta-feira (16), às 20 horas, no Teatro Sesc Centro. Os ingressos custam R$ 10 (trabalhadores do comércio com cartão Sesc atualizado), R$ 20,00 (meia) e R$ 40,00 (inteira). Eles podem ser comprados com antecedência pelo site do Sesc e pelo Bilheteria Digital. O nome do espetáculo já revela a homenagem ao pai do artista. Durante a apresentação, Léo Maia fará releituras de canções eternizadas na voz de Tim Maia, como "Azul da Cor do Mar", "Gostava Tanto de Você" e "Não Quero Dinheiro", dentre outras. Conversamos com Léo por WhatsApp sobre o show em Goiânia e sobre a aprendizagem que teve com o pai. Aperte o play para ouvir!
No ano passado, você esteve em Goiânia pelo projeto Sesc Aldeia de Arte, ao lado do Jair Oliveira e do Simoninha. Desta vez, o show será solo. O que você pode contar sobre o "Baile do do Síndico"? |
O "Baile do Síndico" é isso, são as grandes canções do meu pai, são canções minhas, canções do Ed, canções do Hyldon, canções do Cassiano. São as coisas que fazem parte do som da minha casa. É um baile do Síndico, é uma festa do Síndico, tudo que eu meu pai ouvia e cantava junto em casa e que sempre amou.
Além do show do ano passado, já tivemos a oportunidade de acompanhar a sua apresentação no Flamboyant Shopping e no Passeio das Águas Shopping, sempre mescladas com divertidas histórias e curiosidades sobre o seu pai. De todos os ensinamentos e conselhos que ele te deu, quais são os que você seguiu? |
Sim, por trás de todas essas canções existem histórias, existe sofrimento, existe sangue, dor, lágrima, existe família, existe desejo, existem sonhos, então eu saio contando essas coisas que eu vivi, vivenciei e aprendi com o meu pai. E a melhor e maio lição do meu pai foi trabalhar, ser honesto, ser verdadeiro consigo mesmo. Meu pai me falava algumas frases do tipo "o mal do malandro é achar que o resto do mundo é otário", "malandro demais, meu filho, se atrapalha" e "coração de bandido é na sola do pé". "Escolha bem o seu caminho". "Cuidado com o envolvimento", então sei lá, o meu pai me ensinou essas coisas. E trabalhar. Eu trabalho desde os meus 7 anos de idade. O que o Governo Federal, alguns "pseudos" entendedores de juventude, de conduta social renegam e negam como sendo algo de valor, para quem vem da Zona Norte, para quem é filho de pessoas humildes, o trabalho é a maior dignidade que um pai pode ensinar a um filho. Isso foi o que o meu pai me ensinou.
De todo o repertório do seu pai, qual música o público mais te pede para cantar? E qual é a música dele que você mais gosta de cantar? Por que? |
Bom, a música que as pessoas, que eu não posso subir e não cantar é "Primavera". "Azul da Cor do Mar", "Não Quero Dinheiro". Enfim, essas assim, as eternas. E a música do meu pai que eu mais gosto, caramba, são tantas e elas são cíclicas. Por exemplo, o meu primeiro amor, a minha primeira grande paixão da minha vida, quando terminou, o sucesso era "paixão antiga sempre mexe com a gente..." então quando eu ouço essa música eu lembro dessa menina. "Descobridor dos Sete Mares", de tocar, de cantar com as gatinhas na praia, enfim, tantas canções, é isso. É a história da vida humana, da vida dos brasileiros, das relações humanas e eu faço parte dessas relações humanas. Eu namorei, eu me apaixonei, eu terminei relacionamentos, eu fui "corneado" ouvindo o meu pai também, está tudo envolvido. É a história da família.
Gostaria de convidar os leitores do site Arroz de Fyesta para o show em Goiânia? |
Minha querida Goiânia, eu queria convidar a todos os amigos leitores e ouvintes do blog, do site, enfim, que, por favor, venham ao show do Léo Maia. Eu preciso muito de vocês, porque sem vocês o meu show vai ficar tristinho, tristinho, tristinho e eu sou alegrinho, alegrinho, alegrinho. Então Goiânia, eu já tenho uma relação de amor e carinho com vocês há muitos anos e sou fã da cidade. Eu acho as pessoas daí maravilhosas, educadíssimas, lindas, é uma juventude muito bonita. Sou muito amigo e fã do meu mestre e amigo Zezé di Camargo. Sempre que posso canto junto, estou perto da família. Enfim, a toda Goiânia, pela exportação de grandes talentos que se tornou essa cidade de músicos e música. E é isso, muito obrigado por me receberem, eu que sou de uma outra etnia musical, mas isso muito demonstra o valor que o povo de Goiânia tem, que é abraçar a música e a arte. Muito obrigado por me deixarem fazer parte do coração de vocês. Obrigado a todos do site, obrigado a todos da cidade, obrigado ao Sesc, obrigado a todos que, de alguma forma, me ajudam a manter a minha história. Me dão um suporte para que eu continue cantando. Muito obrigado! Essa é a minha vida, esse é o sonho da minha vida, cantar para vocês. Obrigadão gente! Beijo grande!
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