A 23° edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) faz uma homenagem especial a três importantes personalidades: o ativista, filósofo e ambientalista Aílton Krenak, a professora, militante das causas sociais e moradora da cidade de Goiás Dona Maria Luiza e o projecionista do Cine Cultura, Bartolomeu Marinho, o Bartô, que faleceu em fevereiro do ano passado, vítima da Covid.

Importante líder e ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas, Ailton Alves Lacerda Krenak receberá um dos troféus de homenagem desta edição. Krenak ficou conhecido pelo discurso histórico na Assembleia Constituinte, em 1987. Na ocasião, ele pintou o rosto de preto, protestando contra o retrocesso dos direitos dos povos indígenas. Além de escritor, jornalista e pesquisador, ele também é responsável pela fundação da ONG Núcleo de Cultura Indígena, da União das Nações Indígenas e do Movimento Aliança dos Povos da Floresta.

Maria Luiza Oliveira receberá a honraria do evento pelo relevante trabalho dedicado à Cidade de Goiás e aos vilaboenses. Ela é conhecida em função de seu conhecimento na utilização das plantas medicinais do cerrado, sabedoria herdada de sua bisavó materna e de seu avô. Dona Maria Luiza também é professora aposentada e militante das causas sociais. Atualmente coordena a Pastoral da Saúde da Diocese de Goiás.

Apaixonado pela sétima arte, Bartolomeu Marinho será homenageado por seu relevante papel para o cinema em Goiás. Projecionista do Cine Cultura em Goiânia por mais de 30 ano, Bartô era um verdadeiro símbolo do audiovisual goiano, conhecido por todos por sua gentileza e atenção com os frequentadores do cinema.