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Fieg recebeu Embaixador de Israel0 comentário

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Publicado em 09/08/2022 02:36

 

O Conselho Temático de Comércio Exterior (CTComex) da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) promoveu, na quinta-feira (4) o Seminário de Oportunidades Israel-Goiás. O encontro, realizado de forma presencial na Casa da Indústria, contou com presença do vice-presidente da Fieg André Rocha; do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine; e do adido comercial Ari Fischer.


"Hoje, Israel é conhecido como o Vale de Silício do Oriente Médio e é o país que mais investe em pesquisa e desenvolvimento no mundo", afirmou Zonshine já no início de sua apresentação. De acordo com o embaixador, Israel investe 5,44% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento (P&D).


Essa política pública transformou a realidade do território israelense que, além de lidar com questões políticas instáveis, possui o desafio de recursos naturais limitados. Para tanto, foi criado um ambiente favorável ao ecossistema de inovação, envolvendo setor público e privado, academia e legislações de fomento à P&D. Áreas como Defesa e Segurança, Recursos Hídricos, TI e Telecom, Agricultura e Engenharia e Construção foram eleitas estratégicas ao desenvolvimento do país.


"A necessidade é um dos maiores incentivos ao desenvolvimento. Nossos esforços no fomento de novas tecnologias também tiveram desdobramentos em soluções para a área civil. Atualmente, somos líderes em tecnologias que ajudam a fornecer energia limpa ao planeta e a sustentabilidade hídrica é uma prioridade nacional", testificou Zonshine.


Nesse sentido, o embaixador listou exemplos de parceria que empresas brasileiras podem firmar com Israel, sobretudo na agroindústria, medicina e energia. Zonshine listou exemplos de tecnologias que podem ser adotadas para incremento da produção de frutas, com técnicas em irrigação e gotejamento, além de soluções para geração de energia e reciclagem de dejetos, com produção de gás e fertilizantes orgânicos.


"Uma de nossas metas é dobrar o comércio bilateral e a operação econômica com o Brasil. Temos esse potencial de crescimento e temos como fazer com tecnologias que melhoram a vida das pessoas", concluiu.

Também presente no seminário, o adido comercial da Embaixada de Israel no Brasil, Ari Fischer, apresentou aos empresários os avanços alcançados pelo país no enfrentamento à crise hídrica. Atualmente, a companhia israelense Mekorot é a maior empresa do mundo no setor de tratamento de água residual, atendendo nove milhões de usuários. Os serviços prestados são tanto para irrigação quanto para consumo humano.


"A história de Israel é marcada pela história da água. Quando o país foi criado, não havia como atender com o recurso os 600 mil imigrantes. Hoje, abastecemos uma população de 15 milhões de pessoas e ainda exportamos água para países vizinhos", afirmou Fischer.


De acordo com o adido comercial, dentre as principais ações de Estado, foram construídas plantas de dessalinização, plantas de tratamento de água para reuso e uma forte conscientização da sociedade. Israel desenvolveu sistemas para reciclagem, purificação, armazenamento e transporte de águas residuais tratadas, juntamente com inovações de irrigação e gotejamento para maior eficiência nas plantações.


Dados do Harvard Business Review, apresentados pelo adido comercial, mostram que a demanda mundial por alimentos vai aumentar entre 59% e 98% até 2050 e que isso irá moldar os mercados agrícolas em maneiras jamais vistas. Será necessário cultivar maiores safras, aumentando a produtividade em terras agrícolas existentes, por meio de fertilizantes e da irrigação e adoção de novos métodos como agricultura de precisão.


"No futuro, o problema dos governos não será fornecer um copo de leite, mas sim um copo de água. O Brasil é estratégico nesse cenário. A única forma de vencer esse desafio é otimizar o uso hídrico. Hoje, o Brasil já alimenta 20% da população mundial", destacou Fischer, ao ressaltar como tecnologias israelenses podem otimizar a produção brasileira sem aumentar a área cultivável.


Para o vice-presidente da Fieg André Rocha, que acompanhou o seminário, Goiás tem muito a ganhar e a aprender com a parceria com Israel, sobretudo agregando valor ao que produzimos com inovação e tecnologia. "Esse é nosso propósito na Fieg. Desenvolver negócios e levar Goiás para outros países. Tivemos uma grande aula com Israel sobre como transformar dificuldades em oportunidades".

 

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