Desde seus primórdios, as facas e lâminas são utilizadas na defesa pessoal. Na atualidade, mesmo com o avanço tecnológico das armas, elas continuam sendo uma alternativa, até porque seu porte não tem restrição legal. Contudo, o fato de serem liberadas não significa que devam ser usadas de qualquer modo. Para sensibilizar o público a respeito da importância de se preparar devidamente para este fim, um workshop será realizado durante o Goiânia Knife Show (GKS), evento nacional de cutelaria agendado para 12 a 14 de julho, em Goiânia.

“Portar uma faca ou um canivete não protege ninguém. A arma somos cada um de nós, devidamente treinados para usar uma ferramenta”, explica o instrutor convidado para o workshop, Rogério Almeida Roscio, que é instrutor de defesa pessoal pela Escola Superior de Polícia Civil de Goiás e pela Gerência de Ensino da Polícia Científica de Goiás. O workshop de defesa pessoal está agendado para domingo, 14 de julho, às 16h, e será aberto para todo público presente. 

Roscio também acumula a experiência de ser, há 25 anos, praticante de Kali Silat , um sistema de combate filipino que utiliza lâminas, sendo este um dos enfoques dos seus treinamentos. Ele explica que uma faca em uma situação de defesa sem estar sem a habilidade treinada ou sem o preparo emocional para isso pode representar um risco. “Somente como treinamos técnicas, autocontrole, consciência de habilidades e limitações é que estamos prontos”, define.

Postura, movimentação, empunhaduras, percepção do ambiente e manutenção de distância serão alguns dos tópicos a serem trabalhados, e o instrutor pretende ampliar a visão da definição genérica de defesa pessoal. “A maior parte da defesa pessoal não é combate. O combate, na verdade, é quando a pessoa falha em evitar a situação. Boa parte da defesa pessoal é uma percepção correta do ambiente para que se evite a situação de agressão“, define. 

Embora seja ainda uma parcela pequena em comparação aos homens, um dos públicos que vem crescendo na busca por defesa pessoal são as mulheres, que estão mais suscetíveis a atos de violência. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de Goiás  (SSP-GO), no início de 2024, apontam que violência contra a mulher é o único indicador criminal que não teve queda em 2023, no estado. 

Roscio explica que normalmente, em situações de agressão, a mulher é vista como vítima pelo fato de ter menor força física. Em média, informou, elas têm 30% a menos de massa muscular do que um homem com o mesmo biotipo, mas ela possui, em contrapartida, menor peso e mais agilidade.

“A lâmina atua como nivelador de forças, desde que a mulher esteja devidamente treinada. E seu uso pode ser um elemento surpresa importante em um momento de agressão”, define Roscio. 

SERVIÇO

Goiânia Knife Show 

Onde: Villa Cavalcare

Quando: 12, 13 e 14 de julho

Horários: 

- A partir das 17h na sexta

- A partir das 10h sábado e no domingo

Preços: R$ 30 (meia: crianças de até 12 anos)

Vendas:

Ponto físico - Uniland e Texas Center

Digital: aqui