A obesidade tem se tornado pandêmica nas ultimas décadas, atingindo países em todo o planeta, desde aqueles assim chamados de primeiro mundo ou desenvolvidos, passando pelos países em desenvolvimento e não poupando, nem mesmo, aqueles assim chamados de terceiro mundo ou subdesenvolvidos. Os números da OMS (Organização Mundial de Saúde) são assustadores. De 1980 até os dias atuais, o número de pessoas com sobrepeso e obesidade simplesmente duplicou. Temos hoje aproximadamente 2 bilhões de indivíduos adultos, acima de 20 anos, com sobrepeso, e quase 500 milhões de pessoas adultas com obesidade espalhadas pelos " quatro cantos " da Terra.
Então quais seriam as causas do aumento exponencial desta patologia? São vários fatores envolvidos no desenvolvimento e manutenção da obesidade: genética, condições sócio-econômicas, culturais, etc. No topo das causas vem a dieta rica (em calorias) e desbalanceada e, sem dúvida, o sedentarismo voluntário e involuntário (carros automáticos, controles remotos, esteiras e escadas rolantes, vidros elétricos, etc ).
Cerca de 65% da população mundial vive em países onde a obesidade mata mais do que o déficit de peso. E quais seriam as consequências da obesidade? Citarei apenas as mais contundentes, pois são muitas: doenças cardiovasculares, como AVC (acidente vascular cerebral) e IAM (infarto agudo do miocárdio); diabetes; artrose (degeneração das articulações); e alguns tipos de câncer (endométrio, intestino grosso e mama são mais freqüentes em obesos).
Então, depreende-se que a obesidade deve ser encarada como uma verdadeira ameaça, com instituição de políticas de saúde e educação direcionadas, começando pelas escolas e passando pelos gabinetes dos burocratas, atingindo positivamente todas as faixas etárias da população. O tratamento adequado da obesidade deve ser realizado por meio de reeducação alimentar, incentivo de atividade física e, quando necessário, tratamento medicamentoso ou cirúrgico (dependendo do caso).